Quando amar, rima com respirar

Tem dias, que se soltam suspiros de anseio e de saudade e de tanta coisa que mora dentro do coração.
 Ás vezes penso se tenho sorte no amor, mas também não sei se alguém tem sorte, pois a pessoa perfeita não existe em lado nenhum. Para amar não precisamos de sorte, mas também não amamos qualquer pessoa, nem permanecemos com alguém pelos anos que passam e nos acostumamos naquela zona de conforto, para amar  precisamos do coração aberto e de verdadeira entrega. Ninguém ama á sua maneira, o que a mim me parece é que uns precisam mais de amor do que outros. Há quem precise de um abraço pela manhã, há quem precise de um abraço e de um beijo com ternura. A pessoa imperfeita tal como eu, torna-se perfeita quando confiamos, quando nos entregamos, quando á medida que nos aproximamos faz sentido em nós aquele amor, quando faz feliz o coração, quando faz perder o fôlego com a saudade, quando faz sorrir com os bons dias da manhã,  quando faz tranquilizar o coração com a simplicidade de ouvir a voz. 
Coisas simples, sim,  mas que valem tudo.
E depois chegam aqueles dias em que respirar fundo dói muito, chegam aqueles dias em que dar um passo cansa, chegam aqueles dias em que custa até levantar da cama, em que custa abrir os olhos. Chegam aqueles dias em que se sente a fraqueza e por mais que tentemos ser fortes tombamos, chegam aqueles dias que nos trazem mar nos olhos e nos levam as certezas (quase) todas. Chegam aqueles dias que nos deixam o coração pequenino, incompreendido, julgado e não levado a sério.
 Esses dias custam para caramba, como dizem os brasileiros. 
Nesses dias, não adianta esbracejar, não adianta forçar, não adianta gritar até doer a garganta, não adianta ficar zangada com a vida e chamar-lhe muitos nomes, não adianta pôr o que de verdade importa em causa e deixar que o nevoeiro cerrado não nos deixe ver o lado bom de tudo (pois esse lado existe sempre, sempre!).
 Mas,  nesses dias custa a acreditar que existam...

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